terça-feira, março 11, 2008

Vida Média


O homem vive sem saber que é vida,

Apenas sabe que não é a morte,

Mata o tempo esperando o corte,

Mas se justifica sem ver a saída.


Corre os riscos desta grande ilíada,

Trata felicidade como bem de sorte,

Trava batalhas sem conter um forte

E desfalece já conhecendo a ida.


Vai-se sem fazer seu discurso,

Descansa e não diz o percurso,

Achando seu viver errôneo.


Teme mais que tudo o fim,

Mas acaba por dizer o sim

Ao mais eterno dos matrimônios.

Um comentário:

Magaliana disse...

claro que diz sim...
tem modo melhor de garantir alguma "imortalidade"?
rsrsrs
muito bom